domingo, 11 de novembro de 2012



                                       Colcha de retalhos (retalhos de vida)

       Hoje dia 01 de outubro assistimos ao filme Colcha de Retalhos, cujo tema trata-se de uma história para se refletir sobre a vida e o papel de cada um de nós em nosso mundo, mostra que por mais que pensamos bem antes de fazer uma escolha muitas vezes ela pode dar errado, mas, mesmo assim aprendemos muito com o equivoco. Um grupo de senhoras solitárias, do interior dos Estados Unidos, se reúne para falar de suas histórias de amor, enquanto bordam uma colcha. Tendo-a como mediadora de suas relações sociais, bem como um suporte de comunicação para seus sentimentos e emoções, a partir das várias histórias, símbolos, figuras e desenhos que são apresentados nos bordados nesta “colcha de memórias”.
           
      
       Procuramos também fazer uma relação do filme com o texto de Elizeu Clemente de Souza(Historias de vida e formação de professores), e como esta se mostra rica nas pesquisas no campo educacional, proporcionando processo de autoformação aos sujeitos sociais envolvidos, à medida que o esforço pessoal de explicitação de uma dada trajetória de vida obriga a uma grande implicação e contribui para uma tomada de consciência individual e coletiva. Ao relacionarmos esta produção cinematográfica com a abordagem autobiográfica e observando-a no campo das pesquisas educacionais, podemos notar o quanto esta abordagem suscitou e continua a provocar muitos debates, devido à extrema riqueza de seu material biográfico e de toda sua potencialidade nas pesquisas nos campos das Ciências da Educação e das Ciências Humanas. De acordo com Eliseu V. Souza: “A memória é escrita num tempo, um tempo que permite deslocamento sobre as experiências. Tempo e memória que possibilitam conexões com as lembranças e os esquecimentos de si, dos lugares, das pessoas e das dimensões existenciais do sujeito narrador”.

       De fato podemos pensar que, de uma forma ou de outra, desde o nosso nascimento as experiências, tradições, mitos, lendas, sim e não, vão marcando a nossa história e que pouco a pouco vamos escrevendo ao longo da vida.

                                                                    Formação autobiográfica

     Os textos de Gasten Lindau (Autoformação no decurso da vida) e de Inês Bragança (Sobre o conceito de (auto)formação na abordagem (auto)biográfica) trabalhados nas aulas dos dias 10 e 17 de setembro dão suporte para entender o processo de formação na abordagem autobiográfica e suas contribuições para a nossa formação enquanto educador, já que as narrativas de nossas memórias nos colocam em contato com as nossas experiências, sendo um processo de aprendizagem construído ao longo da nossa vida. As experiências internalizadas e depois exteriorizadas é que caracterizam a autoformação autobiográfica.

 

sábado, 10 de novembro de 2012



FOI ASSIM QUE COMEÇOU

A partir deste momento, começo  uma narração, descrevendo a minha trajetória até chegar à universidade.

A educação sempre esteve presente na minha vida, desde pequeno, quando brincava de escolinha com minhas primas e amigas, no quintal da casa de minha tia avó Rosa. (rua oriente, em Uibaí, Bahia) sempre fui a professora.

O tempo passou, conclui o ginásio e entrei no segundo grau, no curso de magistério. Ao final do segundo ano fiquei grávida e no inicio do terceiro dei a luz a minha primeira filha, Angra, uma menina lida e muito amada. Com isso conclui o magistério e parei de estudar; dois anos depois já casada comecei a lecionar (por contrato) para turmas de alfabetização em uma escola na zona rural, em um povoado chamado poço ao qual fui morar com meu esposo e filha, durante este período tive a minha segunda filha, Amanda, que encheu o nosso lar de luz e amor. La morei e trabalhei por dez anos, o meu esposo também lecionava.

NO ano de 2008 fui demitida, e sem trabalho passei a vender roupas de porta em porta, isso durou dois anos. Em 2010 com um novo prefeito eleito fui chamada a lecionar novamente para turmas de alfabetização e neste mesmo ano frequentei um cursinho pré-vestibular (universidade parta todos) juntamente com minha filha Angra (16 anos) e passamos (juntas) no vestibular. Ela para direito que sempre foi o seu sonho, pois quer ser delegada e eu em pedagogia, a minha grande paixão.

Hoje, no final do sexto semestre já me sinto realizada, pois trabalho em uma escola, aprovada mediante concurso público, estou a concluir o curso de licenciatura em pedagogia, sonhando com uma especialização em educação infantil ou formação do educador e registrando estes meus momentos neste memorial.